Resenha do livro de JL. Andrew Cooper

"Crazy Time: A Bizarre Battle with Darkness and the Divine" é um romance de terror literário que se enquadra na categoria de fantasia sobrenatural contemporânea, apresentando uma trama surreal e sombria que oferece sustos e suspense. No entanto, o objetivo principal é aterrorizar mais no nível do conceito, preenchendo a mente com pensamentos e imagens desconcertantes e talvez até perturbadoras.

Os vinte contos arrepiantes desta coleção apresentam uma variedade de estilos e intensidades, mas cada um busca deixar uma impressão única, sombria e duradoura. Inicia com "Silence" (Silêncio), uma história surreal de assombração sobre uma mulher que visita uma casa estranha e, subsequentemente, perde silenciosamente as pessoas mais próximas a ela. Conclui com "Mandy Schneider Makes Friends" (Mandy Schneider faz amigos), uma narrativa que desafia tabus ao retratar três psicopatas que formam uma aliança e, em seguida, torturam um grupo de campistas e seus acompanhantes.

Divididas em cinco seções ou "manchas" que podem influenciar a mente de maneiras diversas com as atrocidades que narram, as histórias exploram reações distorcidas diante da tragédia, conexões estranhas que se estabelecem quando as pessoas sucumbem ao acaso, ansiedades políticas retratadas por meio de carne dilacerada e sangue derramado, milagres realizados à custa de massacres e um crime que habita em um local e entre pessoas dedicadas à violação humana.

"Burning the Middle Ground" é uma obra de fantasia sombria que se desenrola na América rural, transformando as preocupações dos leitores sobre o rumo do país em uma história arrepiante de conspiração religiosa e controle mental sobrenatural. Com uma abordagem centrada nos personagens, similar à de Stephen King, e uma singularidade peculiar, à semelhança de Bentley Little, a narrativa atrai tanto os entusiastas devotos de fantasia e terror quanto os leitores comuns em busca de uma envolvente jornada. Brian McCullough retorna para casa após a escola e descobre que sua irmã de dez anos, Fran, assassinou seus pais.

Cinco anos mais tarde, o jornalista Ronald Glassner descobre que Brian ainda reside na mesma casa, na pequena cidade de Kenning, Georgia. Planejando escrever um livro sobre a Tragédia McCullough, Ronald se vê envolvido em um conflito entre a Primeira Igreja de Kenning, liderada pelo misterioso Reverendo Michael Cox, e a Nova Igreja, sob a direção rebelde de Jeanne Harper. Simultaneamente, os animais de Kenning enlouquecem, e corpos sem vida, com olhos e línguas removidos, começam a aparecer.